A logística comprometida com o meio ambiente

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Por Leidiane Risse*

Preservar o meio ambiente deve é uma responsabilidade de toda a sociedade e as empresas, pelos impactos que geram e a capacidade de investimento em soluções, devem ser protagonistas nesse cenário. O setor de transportes, por exemplo, é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE) do mundo, respondendo por cerca de 25% das emissões globais, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, só produz menos GEE do que a agropecuária.

E não se trata apenas dos gases. Por causa da predominância do transporte rodoviário, a atividade ainda é relevante para a poluição do ar e sonora, degradação do ar e congestionamento urbano. Não é pouca coisa.

Por outro lado, os avanços na logística, tanto em práticas e tecnologia como no compromisso dos seus líderes com a sustentabilidade do planeta, estão proporcionando contribuição significativa para impulsionar a economia verde no país.

De início, há um esforço dos operadores logísticos para inserir mais os outros modais – ferrovias e hidrovias – em seus projetos. E para aprimorar o planejamento nos trechos rodoviários para otimizar as rotas e os equipamentos utilizados, reduzindo o consumo de combustível e as emissões.

Tudo isso exige mais inteligência, tecnologia e investimentos em infraestrutura e o setor está empenhado para promover esse ambiente, inclusive oferecendo argumentos e sugestões para aumentar o investimento público.

Os operadores logísticos de vanguarda também já têm parte relevante da frota formada por veículos mais eficientes, híbridos ou completamente elétricos. Inclusive para a movimentação inbound, com empilhadeiras movidas por baterias de lítio. Esses equipamentos não emitem gases, são silenciosos, oferecem economia nos custos operacionais por exigir menos manutenção e são fáceis de recarregar.

O crescimento de projetos de logística reversa é outro movimento fundamental nesse sentido, permitindo o retorno o reuso, reciclagem ou descarte correto, reduzindo a geração de resíduos sólidos. E a armazenagem mais eficiente, com a otimização do espaço e a implementação de práticas eficientes de refrigeração para reduzir o consumo de energia, é cada vez mais comum. Por fim, a base de tudo isso é o fortalecimento da consciência ambiental em todo o setor, com colaboradores e clientes assumindo o compromisso e sendo cada vez mais ativos para a construção de um futuro mais verde e sustentável.

*Leidiane Risse, Gerente Comercial da MTC Log