No Brasil, o transporte rodoviário de cargas se destaca como a principal fonte de emissão de CO2 entre os meios de transportes terrestres. Cerca de 20,5% das emissões totais, equivalentes a 151.633 gigagramas, são atribuídas a esse modal, de acordo com o Boletim Ambiental do Despoluir, Programa Ambiental do Transporte, da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Em 2021, uma pesquisa conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontou que a queima de combustíveis fósseis é uma das principais causas da emissão de gases de efeito estufa. A fim de diminuir esses prejuízos ambientais, o segmento tem demonstrado maior comprometimento com iniciativas preventivas e estratégicas que visam um desenvolvimento mais sustentável. A Ghelere Transportes, atuante há mais de quatro décadas no setor, tem sido criativa ao encontrar iniciativas e alianças estratégicas para diminuir o impacto das operações no meio ambiente.
Entre as ações sustentáveis da Ghelere, medidas como pneus mais eficientes, defletor nos veículos para melhorar a aerodinâmica e diesel aditivado nas bases internas são alguns dos cuidados que fazem com que a empresa esteja se destacando quando o quesito é sustentabilidade. Eduardo Ghelere, Diretor Executivo da Ghelere Transportes explica que a empresa está preocupada em reduzir cada dia mais os gases de efeito estufa lançados ao meio ambiente. “Diante desse cenário que estamos vivendo, buscamos diariamente elevar o nível de nossas ações sustentáveis. Além das práticas padrões, utilizamos energia fotovoltaica de usinas nas operações, contamos com um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento que está sempre atento às novidades do mercado e utilizamos energia solar para aumentar a vida útil das baterias. É um conjunto de medidas que vai crescendo e melhorando nossa performance”.
A Ghelere também participa ativamente de programas que contribuem para o desenvolvimento sustentável do setor por meio de parcerias estratégicas que impulsionam a sustentabilidade. Um dos parceiros é o Programa de Logística Verde Brasil, PLVB. Eduardo comenta que esse projeto foi responsável por ensinar sobre o inventário de carbono e sobre os casos trazidos pelos participantes.
“Realizamos projetos que visam transportar mais cargas com menos poluentes e através deles conseguimos melhorar, em várias etapas, a eficiência dos veículos. Cada vez melhorando mais”, ressaltou Eduardo.
Outro parceiro desse processo sustentável é o Projeto Despoluir, iniciativa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em conjunto com o SEST SENAT. “Realizamos os testes periódicos e consideramos que este programa deveria ser obrigatório para todos embarcadores preocupados com o meio ambiente, pois o Projeto Despoluir não tem custo para análise, emissão do relatório, e é uma garantia de que o veículo esteja dentro das condições normais de fábrica”, completou.
Para o futuro, o Diretor Executivo explica que os próximos passos estão relacionados aos caminhões eletrificados dominarem as rotas de curta distância e, o diesel verde, pioneiro na região do Paraná, se estabelecer em outros estados. Além dessas ações, pensando nas próximas etapas, Eduardo lembra da necessidade de uma maior atenção aos veículos antigos, grandes emissores de poluentes.
Visando diminuir poluentes como óxidos de nitrogênio (NOx) e monóxido de carbono (CO), atualmente, a transportadora passa por um processo de renovação de frota, apresentando 230 veículos no modelo Euro 5 e 115 no modelo Euro 6. De acordo com estimativas, a norma Euro 6 é capaz de reduzir em até 77% os níveis de emissões em comparação com o Euro 5, o que representa uma redução significativa, considerando que a última norma já restringia os limites de emissões permitidos.
“O setor precisa encerrar a atividade de veículos muito poluentes de maneira gradativa, falando como transportador e entendendo que a economia no momento tem seu próprio tempo, precisamos de um plano para parar os veículos muito antigos. Com um plano maior, deveríamos não apenas aplicar atualizações nos veículos 0 km, mas ir encerrando o ciclo dos veículos mais antigos, gradativamente. Talvez um processo de check-list mais intenso, liberando anual ou semestralmente, com as situações de segurança e poluentes ”, finalizou Eduardo.