Uma tecnologia com foco em utilizar o coco babaçu na produção de um aditivo para reduzir o consumo de combustível como alternativa para diminuir as emissões de carbono. Essa é a complexa e difícil missão da startup APOENA, vencedora da última edição do programa 100+ Labs, liderado pela Ambev. Encontrado em abundância, o coco babaçu é uma das fontes de renda de brasileiras que vivem nas regiões Norte e Nordeste, e são diversas as formas de utilização da fruta, que agora contribui para reduzir o impacto do CO2 lançado no meio ambiente.
A APOENA possui uma fábrica modelo, focada no processamento integral do coco babaçu, no município de Coroatá, estado do Maranhão, e foi fundada com o objetivo de aumentar o potencial econômico do fruto, além de melhorar as condições de trabalho e a geração de renda das pessoas envolvidas na extração. “Essa é uma forma segura de melhorarmos a condição de vida de milhões de pessoas que vivem da venda do coco e que buscam aumentar sua renda”, comenta Márcia Werle, fundadora da APOENA.
Como forma de desenvolvimento e avanço nas iniciativas sustentáveis, a startup desenvolveu, em conjunto com o pesquisador José Benedito Ribeiro, um novo aditivo para combustível que melhora o desempenho de automóveis e, por consequência, diminui a pegada de CO2 emitida pelos veículos. “Temos a ambição de atingir o NetZero até 2040, e otimizar e melhorar a nossa frota logística faz parte dessa missão”, comenta Lisa Lieberbaum, Head de Sustentabilidade da Ambev.
O segundo lugar da premiação ficou com Plure, HRtech especialista em conectar empresas a mulheres incríveis e plurais. A startup já impactou mais de 50 grandes companhias oferecendo soluções em Divulgação de Vagas, Atração e Employer Branding para conectar o RH a mulheres Negras, PcD, LGBTI+, +50, Mães e mais recortes. O objetivo é levar Diversidade & Inclusão como estratégia de negócio para mais companhias, além de empregar meio milhão de mulheres até 2030. A plataforma da Plure é a única no mercado de contratação que conta com uma comunidade com mais de 280 mil mulheres.
“A temática de equidade de gênero tem avançado, assim como os debates e iniciativas, mas ainda há muito o que aprender. Algumas empresas costumam relacionar equidade de gênero com o viés de marketing, o que pode resultar em ações superficiais. Se não houver uma cultura interna inclusiva bem trabalhada, as consequências podem ser excludentes ao invés de acolhedoras”, alerta a CEO e cofundadora da startup, Jhenyffer Coutinho.
Durante a escolha das vencedoras, em evento presencial em São Paulo, todas as finalistas puderam apresentar seus negócios, com propostas que atendem demandas urgentes da sociedade e meio ambiente em nove eixos: Agricultura Sustentável, Embalagem Circular, Mudanças Climáticas, Gestão de Água, Ecossistema Empreendedor, Amazônia, Diversidade e Inclusão, Consumo Consciente e Responsabilidade Ambiental na Cadeia de Suprimentos – sendo os três últimos novidades da 5ª edição do programa.
“Um dos principais objetivos da companhia é crescer de forma compartilhada e promover a inclusão produtiva de todo o nosso ecossistema. São enormes os desafios ambientais e sociais que enfrentamos todos os dias e essa missão nos garante olharmos para o melhor horizonte e colocarmos em prática ações reais, que fazem a diferença para o meio ambiente e para a sociedade. Estas iniciativas e parcerias fazem parte do nosso objetivo de unir forças para atingir as ambições públicas firmadas para 2025. “, comenta a executiva da Ambev responsável pelo programa.
Entre as demais finalistas, que também já firmaram negócios com a Ambev, estão Gedanken, em Responsabilidade Socioambiental da Cadeia de Suprimentos, Typcal, como representante da categoria de Ecossistema Empreendedor, Ceres Seeding, com soluções em Gestão Hídrica, Squair, olhando para Mudanças Climáticas, e Açaí Maps, no pilar Amazônia.