Drex: revolução e inclusão financeira para os brasileiros

Artigos

Por Fernando Pereira Candido*

Recentemente, o Banco Central anunciou a segunda fase de testes do Drex, moeda digital brasileira, representando um marco significativo na evolução do sistema financeiro nacional. Com a promessa de transações mais rápidas, seguras e acessíveis, o DREX tem o potencial de transformar a maneira como os brasileiros interagem com o dinheiro e realizam suas operações financeiras diárias.

A inclusão financeira é um dos principais benefícios esperados, permitindo que mais pessoas tenham acesso a serviços de qualidade. Além disso, a digitalização do real pode estimular a inovação no setor, abrindo portas para novas oportunidades de negócios e investimentos.

Mas, como toda inovação, a implementação do Drex trará desafios, como a necessidade de garantir a segurança cibernética e a proteção dos dados dos usuários. Será imprescindível que o Banco Central e os participantes do projeto trabalhem juntos para superar esses obstáculos, garantindo que a moeda digital seja adotada de forma ampla e segura.

O Drex pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão e a eficiência no sistema financeiro brasileiro. À medida que avançamos para um futuro cada vez mais digital, a nova moeda pode se tornar um pilar fundamental na construção de uma economia mais moderna e inclusiva, principalmente para as fintechs, que originalmente nasceram em um ambiente digital, prático, inovador e tecnológico (talvez isso explique uma ansiedade pela nova moeda).

Você já parou para pensar como isso vai impactar empresas e consumidores? Resolvi listar alguns exemplos de como o real digital será aplicado no mundo real e no dia a dia dos consumidores:

Democratização do acesso a serviços financeiros: o Drex pode facilitar o acesso a serviços financeiros para a população não bancarizada. Por meio de aplicativos e plataformas digitais, indivíduos podem utilizar a moeda para transações, empréstimos e investimentos, promovendo inclusão financeira.

Troca de titularidade de veículos: os consumidores poderão transferir a titularidade de veículos diretamente pelo celular, simplificando o processo burocrático e economizando tempo.

Investimentos e resgates 24×7: será possível investir e resgatar produtos financeiros a qualquer hora do dia, todos os dias da semana, proporcionando maior flexibilidade e conveniência.

Compra de imóveis fracionados: o Drex permitirá a compra de pequenas participações em imóveis fracionados em tokens, democratizando o acesso ao mercado imobiliário.

Empréstimos com dinheiro digital carimbado: os consumidores poderão obter empréstimos com “dinheiro digital carimbado”, que direciona os recursos para setores específicos, estimulando a oferta de créditos setoriais.

Empréstimos mais baratos com DeFi: utilizando finanças descentralizadas (DeFi), os consumidores poderão acessar empréstimos a taxas mais baixas, aproveitando a eficiência das tecnologias blockchain.

Interação com Internet das Coisas (IoT): a moeda digital facilitará transações automáticas entre dispositivos IoT, como pagamentos de contas de serviços públicos ou compras de mantimentos.

*Fernando Pereira Candido é CEO da Pagare, fintech provedora de tecnologia para serviços financeiros.